quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

FINANÇAS NA FAMÍLIA

 

 

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FINANÇAS

NA FAMÍLIA

 

I TIMÓTEO 6.3-10

 

 

- Uma das questões de maior peso e influência na vida humana é a financeira.

- Há milênios que pessoas matam por causa do dinheiro; injustiças são cometidas, perso­nalidades são corrompidas, tudo por causa do dinheiro. Ou melhor, pelo “amor do dinheiro”, de acordo com a afirmação apostólica (I Tm 6.10). Isto tem sido verdade especialmente no Brasil onde, há anos, o povo tem sofrido com uma crise financeira, aparentemente insolúvel, devida, entre outros fatores, à ganância e corrupção de governantes e governados, bem como a péssima distribuição da renda nacional.

- E neste contexto que famílias cristãs sofrem, sonham, choram e lutam – e, a Palavra de Deus é e deve ser o guia que orienta as famílias cristãs no trato com os problemas relacionados ao uso do dinheiro.

- Todos sabem que o sustento digno de uma família é questão muito séria, que deve ser administrada com bons critérios.

- Muitas famílias sofrem devido a desempregos constantes de um dos pais; outras sofrem com membros que, preguiçosamente prefe­rem não trabalhar mas tentam ganhar a vida de maneira fácil sem o “suor do rosto”, através de loterias e outras formas de jogos de azar.

- São muitos os problemas que envolvem as questões financeiras de uma família. Cada família deve saber como ad­ministrar suas finanças.

Muito embora a Bíblia não tenha texto específico sobre fi­nanças na família, há entretanto, orientações gerais que, se observadas e obedecidas, trarão bênçãos divinas às famílias.

LIÇÕES PRÁTICAS

I Tm 6.3-10 é um dos textos clássicos da Escritura Sagrada a respeito do dinheiro. O apóstolo Paulo escreve ao jovem Timóteo, instruindo-o quanto a vários assuntos, inclusive quanto ao di­nheiro e seu uso. Paulo ensina a Timóteo acerca dos perigos envolvidos na tentativa de enriquecimento ilícito. Este texto pode ser aplicado à família cristã; ele sugere que uma boa e correta administração das finanças de uma família depende da compreensão e aplicação de al­guns pontos.

 

Vejamos:

1. A ADMINISTRAÇÃO DAS FINANÇAS NA FAMÍLIA DEPENDE DA COMPREENSÃO DE QUE A VIDA VALE MAIS QUE O DINHEIRO

“Porque nada temos trazido para o mundo, nem cousa alguma podemos levar dele “, diz o v.7. Séculos antes, o livro de Jó expressava a mesma realidade: “Entãose levantou… e disse: nu saído ventre da minha mãe, e nu voltarei… ” (Jó 1.20, 21).

- A sabedoria bíblica reconhece que a vida vale mais que o dinheiro. Na sociedade não cristã se pensa o contrário, ou seja, o dinheiro vale mais que a vida.Por isso, pessoas destroem suas próprias vidas e as de seus semelhantes, sacrificam seus valores morais e princípios éticos, tentando obter riquezas, e o que se pensa que o dinheiro pode dar. No entanto, os que assim fazem, não conseguem encontrar na vida felicidade e a realização que desejam. Isto, porque o não cristão não consegue ver a vida da perspectiva do Reino de Deus.

- Mas para quem está em Cristo, há sempre a lembrança de que a vida vale mais do que coisas, bens, posses, etc. O próprio Senhor Jesus Cristo disse que o corpo é mais do que o alimento, e a vida é mais do que as vestes (Mt 6.25).

- A família cristã, conscientizada desta verdade bíblica, irá encarar o dinheiro (e por extensão, todas as questões financeiras) como um servo e não como um senhor.Assim, a família cristã não viverá em função de obter dinheiro a qualquer preço, custe o que custar. Pelo desconhecimento e/ ou desobediência a este princípio bíblico, famílias sofrem muito, pois ao inverter a ordem natural das coisas, quebram o que o próprio Deus estabeleceu.

Que nenhuma família cristã se esqueça que, conforme a Escritura, a vida vale mais que o dinheiro.

2. A ADMINISTRAÇÃO DAS FINANÇAS NA FAMÍLIA DEPENDE DA COMPREENSÃO DE QUE O QUE IMPORTA É O ESSENCIAL, E NÃO O SUPÉRFLUO

- A mensagem do verso 8 é: “tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes”.

- Este ponto está obrigatória e logicamente ligado ao anterior. A vida vale mais que o dinheiro, mas sem dinheiro a vida torna-se difícil. Por isso, o apóstolo Paulo diz que, tendo o básico (sustento e vestuário) devemos estar contentes.

- O Senhor Jesus Cristo disse que, se buscarmos em primeiro lugar o Reino de Deus e Sua justiça, o básico à manutenção da vida humana será acrescentado (Mt 6.31-33).

- A epístola aos Hebreus diz: “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te aban­donarei” (13.5).

- O orçamento financeiro da família cristã deve incluir despesas com alimentação, vestuário, aluguel (se necessário), despesas com água, luz e telefone (se houver), saúde (médico, dentista, farmácia, etc), educação (livros, material escolar em geral, mensalidades, etc), transportes, lazer – tudo isto é necessário. Deve também prever algum tipo de economia para o futuro, como por exemplo, um acidente com um membro da família; mas antes de tudo isto, há a consagração dos dízimos e ofertas ao Senhor (Ml 3.10) e a ajuda aos materialmente necessitados (conforme Mt 25.31-46; Ef 4.28; Gl 6.10).

- Vivemos em uma sociedade materialista, que é dominada pela doença do consumismo (que leva as pessoas a comprarem o que não precisam). É preciso fazer ao Senhor a mesma oração feita pelo antigo sábio: “Duas cousas te peço… não me dês nem pobreza nem a riqueza: dá-me o pão que me for necessário… ”(Pv 30.7,8). Estejamos contentes com o básico.

3. A ADMINISTRAÇÃO DAS FINANÇAS NA FAMÍLIA DEPENDE DA COMPREENSÃO DE QUE A OBTENÇÃO DE RIQUEZAS NÃO É O ALVO DO CRISTÃO.

“Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação e cilada… Porque o amor do dinheiro é a raiz de todos os males…” (vv. 9,10).

- Precisamos de dinheiro para nossa manutenção, mas não colocamos (pelo menos não deveríamos colocar) a obtenção de riquezas como alvo supremo de nossas vidas.

- A sociedade pecaminosa em que vivemos incentiva as pessoas a colocarem em primeiro lugar em suas vidas a luta por conseguir ganhar cada vez mais dinheiro.

- Muitos então vivem na filosofia do “quanto mais tem, mais quer”. Este vírus, infelizmente tem contaminado muitas famílias. Isto se vê em pais e mães que sacrificam seus momentos de lazer com seus filhos para trabalhar mais e assim ganhar mais dinheiro; em pais que pressionam seus filhos para fazer um determinado curso em uma faculdade, até mesmo contra a vontade dos filhos, só porque este curso confere mais “status” e salários mais altos a quem o fez; em rapazes e moças que se casam apenas por interesses financeiros, enfim, diversas maneiras que demonstram uma preocupação excessiva em adquirir riquezas.

- É estranho que esta preocupação extrema com a vida material, atraente mas inegavelmente anti-bíblica, tem penetrado no meio cristão de tal maneira que, já há até alguns líderes religiosos ensinando “princípios bíblicos” e “orações” para se obter riquezas. Se entendermos corretamente a Bíblia, veremos que isto, na verdade, não tem a menor base escriturística.

- A família cristã deve usar os recursos financeiros que tem, não importa se poucos ou muitos, para o seu sustento digno, e também para o sustento da obra do Senhor e a ajuda aos necessitados. Assim, não se submeterá ao Senhor tirano e cruel que o dinheiro se torna para muitos, que “ator­menta com muitas dores “ (v. 10) aos que o colocam em primeiro lugar em sua lista de prioridades na vida.

DISCUSSÃO

1. Que critérios vão determinar o que é supérfluo e o que é necessário para a manutenção de uma família?

2. Deus tem prometido prosperidade financeira a quem é dizimista fiel? Justifique sua res­posta.

3. Como entender o comportamento de algumas famílias cristãs que não cumprem correta­mente seus compromissos financeiros?

 

 

Autor: Pr Josias Moura de Menezes

 

 

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