quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O VINHO NOVO 
É MELHOR 

 JOÃO 2:1-11 


Introdução: 

 => O primeiro milagre de Jesus foi em um casamento. Isto mostra a grande preocupação de Jesus pelo casamento. 

=>  Todos os milagres físicos que Jesus realizou, tem ensinamentos espirituais para as nossas vidas. 

 * Nas festas do povo Judeu, no mundo antigo, usava-se muito vinho para comemorar um casamento, um noivado, etc. 

=> O vinho(sem fermentação) simboliza: vida abundante, vida plena, a presença do Espírito Santo, etc. 

 1 - Jesus honrou aquele casamento com a sua presença santa e poderosa (João 2:1-2) 

 * Jesus honrou aquele casamento porque ele foi convidado a fazer parte do casamento. 

 * Quando Jesus está no casamento, milagres sempre acontecem. 

 * Quando Jesus é chamado a intervir nas situações difíceis do lar, Ele dá soluções que são verdadeiros milagres, desde que obedeçamos ao seu comando. 

 2 - Quando Jesus é Senhor do lar, o casamento passa a ter sabor. (João 2:7) 

=> Jesus mandou que eles enchessem de água as talhas. Água mata a sede, mas não tem sabor. 

=> Jesus transformou aquelas águas em vinho da melhor qualidade. Talvez seu casamento esteja somente na água. Apenas está levando, mas não tem mais nenhum sabor, saiba que Jesus Cristo quer dar sabor ao seu casamento. 

 3 - Quando Jesus é Senhor do casamento, o vinho novo vem sempre depois (João 2:9-10) 

 * Jesus quebra os conceitos que vem do mundo, mostrando que o que vem d’Ele é sempre melhor. 

Conceito do mundo:

 “era o costume servir o melhor vinho no início da festa, enquanto as pessoas estavam sóbrias, e depois, empurrava-se qualquer bebida, pois as pessoas não tinham mais paladar.” 

=> Quando Jesus está no casamento como Senhor absoluto desde o primeiro dia, o vinho novo sempre vem depois, isto é, quando Jesus é o Senhor do casamento, quanto mais tempo passa, o casamento fica melhor. 

=> O amor do casal aumenta a medida que os anos passam. 

 Conclusão: 

=> Convide Jesus para fazer parte de sua vida e do seu casamento. 

=> O Senhor é poderoso para realizar milagres em sua vida e no seu casamento. 



Fonte: http://www.ibrest.org.br/


======================
======================
======================
======================


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013


A ORAÇÃO DE JESUS PELA 

UNIDADE DE SUA IGREJA


INTRODUÇÃO: Texto Bíblico: João 17:20-23

1. A igreja é como o beisebol (ou golf), muitos assistem ao jogo, mas poucos entendem.

2. Ir à igreja não te converte em cristão, assim como ir à garagem não te converte em carro.

3. Muitos vão à igreja para ver ou ser vistos.  Alguns vão à igreja só por tradição. Outros vão para cochilar e dormir. Mas, somente uma minoria reconhece a essência da igreja.

I. A IGREJA É UMA COMUNIDADE UNIDA, E A UNIDADE DA IGREJA É TÃO IMPORTANTE QUE ESTAVA NA MENTE DE CRISTO ANTES DE MORRER – João 17:20-21

1. Jesus não ora por um lugar, uma construção, um prédio. A igreja é o que cremos e fazemos em Cristo; é o que somos: cristãos.

2. Jesus queria que a igreja fosse uma assembleia de pessoas reunidas para uma finalidade específica: Compartilhar um relacionamento de salvação com Ele.

3. Jesus queria que a igreja fosse uma só em todo o mundo, mas ao mesmo tempo estivesse presente em cada congregação.

II. A UNIDADE DA IGREJA DEVE SER LEVADA EM CONTA PARA QUE HAJA HARMONIA ENTRE CRENTES DIFERENTES – João 17:22-23

1. A unidade da igreja não é uma harmonia conseguida por meio da “engenharia” social, administração diplomática ou estratégia política. É um dom, quando Cristo habita no coração.

2. A unidade da igreja envolve união de sentimento, pensamento e ação de todos; isso é um milagre em meio a tantas personalidades diferentes – é por isso que Jesus orou.

3. A unidade da igreja começa com cada um de nós, individualmente, não apenas carregando o adjetivo “cristão”, mas em uma vida de verdadeira abnegação, dedicada a uma causa e a um bem maior que nós mesmos.

III. A UNIDADE PERFEITA DA IGREJA SÓ É POSSÍVEL POR MEIO DE UM MILAGRE, O QUAL IMPACTARÁ O MUNDO – João 17:21, 23

1. A unidade da igreja é a mais forte evidência de que Deus enviou Cristo ao mundo.

2. A unidade da igreja impacta a sociedade, sendo ela um grupo de pessoas unidas, dedicadas a cuidar uma das outras compartilhando juntas as boas novas durante a caminhada rumo ao Céu.

3. A unidade da igreja será possível se todo membro tomar diariamente sua cruz, morrer diariamente para o eu e buscar diariamente não o próprio bem, mas o bem dos outros. Isso vai atrair o mundo!

CONCLUSÃO:

1. Jesus criou a igreja para que em meio a tantas diversidades no mundo, experimentemos nEle a unidade de mente e coração. Ligados a Cristo, há unidade entre os crentes.

2. Jesus orou a Deus Pai para que os membros da igreja sejam um como Ele e o Pai são um, a fim de que personalidades, talentos e dons diferentes fortaleçam a missão da igreja.

3. Jesus quer a unidade da igreja, e a igreja que mantiver unida em Cristo e em Seus ensinos alcançará a vitória final quando Ele vier reclamar o que Lhe pertence.

APELO:

1. Atente para a oração de Jesus pela unidade da igreja.
2. Ore como Jesus pela unidade e harmonia da igreja.
3. Seja um com Cristo para que sejas um com os membros da igreja de Cristo.

Pr. Heber Toth Armí



=================================
=================================
=================================
=================================



domingo, 27 de janeiro de 2013




“Exorto, pois, antes de tudo, que se façam súplicas, orações, 
intercessões e ações de graças por todos os homens”, (1 Timóteo 2.1).

INTRODUÇÃO:

A igreja de Cristo na estrada dos séculos foi marcada por diversos momentos de avivamento, o que não se pode negar é que no presente século ela clama e geme por um reavivamento que seja capaz de trazer os joelhos de volta ao chão, tornando a proporcionar aos crentes uma vida de oração intercessora para alcançar comunhão e intimidade com o Espírito Santo. Somente pelo mover do Espírito é que o homem poderá ser dominado e impelido a buscar a Deus em favor dos necessitados.

Este breve estudo visa mostrar; princípios básicos da intercessão cristã, como deve ser a vida de um intercessor, as lutas que os intercessores passam como frutos de suas interceções, a prática intercessora pela igreja e os resultados milagrosos, mostrando com clareza e com respeito às sagradas escrituras que todos os salvos devem se debruçar sobre as bases intercessoras que Cristo e os apóstolos nos deixaram, tendo a consciência de que todos os cristãos são peças principais de Deus para a salvação da humanidade, e que para o evangelho ser plantado em uma boa terra ela deve ser regada com as intercessões da igreja.

A intercessão é uma prática primitiva que vem caindo em desuso, mas que não perderá jamais a sua eficácia. Todo aquele que se dobrar diante de Deus e tomar posse desta prática colhera do solo divino bênçãos eternas e será participante no avanço do Reino de Deus na terra, bloqueando e desfazendo toda articulação do mal contrário aos homens e abrindo-lhes portas de livramentos.

Dobrem-se todos os salvos diante do trono de Deus e clamem, roguem, peçam, supliquem, intercedem pelos necessitados e pelas almas perdidas que podem estar até dentro de vossos próprios lares, suas intercessões bloqueará o diabo e seus demônios, como também moverá a mão de Deus para vos abençoar com toda sorte de bênçãos. Esta é a hora em que Deus deseja que os intercessores despertem, pois é já a última hora (1 Jo 2.18) e antes que Cristo volte a igreja precisa viver o maior e mais poderoso avivamento de todos os séculos, e acredito que o melhor caminho será o da oração e da intercessão cristã.

I. PRINCÍPIOS BÁSICOS DE INTERCESSÃO.


Existem obras maravilhosas sobre intercessão, muito já se sabe sobre o assunto e autores com muita graça de Deus já compartilha inúmeras verdades bíblicas ao coração da igreja de Cristo, mas com base na crença de que a palavra de Deus a cada manhã se renova trataremos deste assunto com muita simplicidade, mas de uma maneira respeitosa com a palavra de Deus.

Princípio significa começo, pode ser definido também como a causa primária, o local ou trecho em que algo, uma ação ou um conhecimento, tem origem. Todos os princípios sobre intercessão que serão abordados neste breve estudo tem como base a bíblia sagrada. O autor deixa livre todos os princípios ao campo da crítica, caso seja necessário eles devem ser questionados e comprovados biblicamente de algum possível erro, e alerta o autor fique sempre com a bíblia ela não erra.
II. DEFINIÇÃO DE INTERCESSÃO.


Intercessão é o ato de interceder, interceder no hebraico é (paga) que significa colidir com violência, no grego (entugchano) fazer petição, pleitear. No português significa pedir, rogar, suplicar, intervir a favor, ou contra. No ato da intercessão o intercessor se coloca no lugar de seu próximo para pleitear suas causas como se fossem suas próprias causas.

Essa é a diferença da intercessão para a oração, a oração pode ter Deus e suas causas como o centro das petições, pode ter também as causas pessoais de quem ora como o centro de suas súplicas, enquanto na intercessão o centro das petições e das súplicas do intercessor é a vida e a causa do outro e nunca sua própria causa.
III. DEFINIÇÃO DE INTERCESSOR.
Intercessor é aquele que intercede, logo, é aquele que toma partido nas causas e necessidades do seu próximo e pleiteai junto a Deus ou a alguém a fim de obter resultados favoráveis. Para melhor compreensão veja algumas características de um intercessor.
a.   Ama a preservação da vida humana e de sua plena satisfação.

“Agora, pois, restitui a mulher ao seu marido, porque profeta é, e rogará por ti, para que vivas; porém se não lhe restituíres, sabe que certamente morrerás, tu e tudo o que é teu” (Gn 20.7).
O intercessor não se agrada e nem fica passivo diante da destruição do homem, isso lhe incomoda lhe tira o sono, a paz, lhe trás angustia e lhe impele a interceder (Ne 1.1-7), mesmo que esta destruição seja fruto de um juízo Divino. A intercessão não só salva ou livra o homem como também preserva tudo que ele possuí para lhe assegurar plena satisfação e felicidade.
b.    Sente profunda compaixão por sua pátria e por ela intercede.
“Sim, todo o Israel transgrediu a tua lei, desviando-se para não obedecer à tua voz; por isso a maldição e o juramento, que estão escritos na lei de Moisés, servo de Deus, se derramaram sobre nós; porque pecamos contra ele. (...) à Senhor, segundo todas as tuas justiças, aparte-se a tua ira e o teu furor da tua cidade de Jerusalém, do teu santo monte. Agora, pois, ó Deus nosso, ouve a oração do teu servo, e as suas súplicas, e sobre o teu santuário assolado faze resplandecer o teu rosto, por amor do Senhor” (Dn 9.11,16ª,17).
Esta característica não é vista só em Daniel ou no Antigo Testamento é vista também nos apóstolos, inclusive em Paulo que quando escreve a Timóteo o faz orientando a igreja a interceder por todos os homens como também por aqueles que estão em evidência, ou seja, as autoridades constituídas sobre os governos da terra (1Tm 2.1-4).
c.    Não é indiferente ao sofrimento humano e por isso intercede.
“Clamou, pois, Moisés ao SENHOR, dizendo: à Deus, rogo-te que a cures” (Nm 12.13).
Esta é mais uma das características de um verdadeiro intercessor, ele nunca se rende diante das enfermidades que assolam o seu próximo por entender que Cristo levou sobre si todo mal que possa atingir a saúde humana (Is 53.3-6). O intercessor crê que a intercessão é a porta aberta para restauração de muitos males físicos, emocionais e psicológicos também (Tg 5.14-16).
d.    O intercessor participa ativamente na expansão do evangelho.
“No demais, irmãos, rogai por nós, para que a palavra do Senhor tenha livre curso e seja glorificada, como também o é entre vós”... (2 Tes 3.1).
“Perseverai em oração, velando nela com ação de graças; orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso; para que o manifeste, como me convém falar” (Col 4.2-4).
O intercessor é alguém que coloca o mundo espiritual em movimento, ele pavimenta estradas para os obreiros de Cristo obter êxito em suas missões. O apóstolo Paula sabia muito bem o quanto precisava de cobertura intercessora em suas missões, ele entendia que se houvesse a participação de intercessores no seu ministério Deus lhe abriria portas e com peso de glória ele anunciaria a Cristo aos perdidos.
O intercessor é peça chave para com sua intercessão ajudar a bloquear toda articulação do mal contrário ao evangelho e aos obreiros de Cristo. Mas também são fundamentais para ajudar na expansão do evangelho quebrando barreiras e abrindo caminhos pelo poder da intercessão. Quando um intercessor se curva Deus se levanta!
O intercessor deve amar tanto a causa do evangelho que precisará rogar até pelos obreiros que ainda não existem na seara pedindo ao Senhor que os envie para a sua seara (Lc 10.2).
e.    Deve ser sensível ao Espírito Santo quando interceder.
“Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos”,...(Ef 6.18).
“Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo”,(Jd 1.20).
O maior mistério da intercessão é que a disposição para ela nasce na mente humana, já por uma ação de Deus, mas o mais profundo é que enquanto o homem se coloca a interceder precisa se render a pessoa bendita do Espirito Santo para que ele lhe conduza a uma intercessão cheia de revelação. Não basta interceder com a mente cheia de conhecimentos das necessidades alheias, será necessário conhecer o caminho intercessor que o Espírito Santo deseja lhe conduzir.
O apóstolo Paulo e também o apóstolo Judas nos orientam a orar no Espirito, isso indica que o Espírito de Deus deseja se conectar com todos aqueles que se colocam a orar ou interceder, saiba que você não estará sozinho se convidar esta bendita pessoa para lhe ajudar a orar como convém (Rm 8.26,27,). Orar no Espírito é uma porta aberta que lhe conduzirá a novas experiências para aqueles que desejam sair da estagnação e mergulhar em novos rios de Deus.
O intercessor é alguém que o Espírito Santo encontra no caminho da intercessão racional e lhe conduz a intercessão puramente espiritual, ou seja, lhe conduz a interceder pelas causas e pelas pessoas necessárias que no mundo espiritual estão catalogadas como alvos. Isso só pode ocorrer por meio de revelação e é por esse meio que o intercessor entra nos segredos do mundo espiritual de mãos dadas com o Espírito Santo.
IV. INTERCESSÃO NÃO É UM MINISTÉRIO MAIS UM DEVER DE TODOS.
Muitas igrejas locais da atualidade estão adotando como forma de organização de seus membros a expressão “ministérios”, o que em muitas são denominados de departamentos, grupos e etc. Por exemplo, ministério de mulheres, ministérios de homens, de jovens, de adolescentes, de intercessão e etc. Não existe nada de errado neste método, mas a palavra “ministério” não pode perder seu real sentido bíblico. Alguns podem estar tão envolvidos com esse sistema organizacional que podem passar a acreditar que intercessor é somente aquele que faz parte do ministério de intercessão, perdendo assim a oportunidade de abraçar esta grande responsabilidade cristã e deixando de alcançar as maravilhosas bênçãos e experiências advindas de uma vida de intercessão. Bom seria que todos os cristãos fizessem parte dos ministérios de intercessão, assim o avivamento tão esperado viria com mais rapidez.
V. O MINISTÉRIO BIBLICO.
Ministério é o mesmo que ofício, cargo, função. No pensamento bíblico o homem só está pronto para o ministério quando recebe de Deus capacidade por meio de dons espirituais ou ministeriais para desempenhar tal função. Sem esta capacidade espiritual que é dada pelo Espirito Santo nenhum ser-humano pode ter um ministério veraz e eficaz (1 Crô 9.13; At 6.4; 20.24; Rm 12.4-8; 2Cor 5.17-19; Col 4.17; 2Tm 4.5).
a.    Dons Espirituais (1 Cor 12. 7-10).
b.    Dons Ministeriais (Ef 4.13).
c.    Dons Motivacionais (Rm 12.6-8; 1 Cor 12.28; 13.3; 1 Pe 4.10,11).
Todos os cristãos fazem parte de um mesmo ministério ao favor dos perdidos (2 Cor 5.18,19) mas em particular Deus tem para cada indivíduo inserido em sua igreja um ministério específico (1 Cor 12.27-1), foi também por este motivo que o apóstolo Paulo usou em 1Coríntios 12 a figura do corpo e dos membros, para mostrar que só há um corpo mas que são vários os membros e cada um possui uma função (ministério) específica dada por Deus e capacitado pelo Espírito Santos através dos dons que lhes foram doados. Por conseguinte, as sagradas escrituras não sinaliza nenhuma operação especifica através de um chamado específico ou de algum dom especifico para que o homem passe a interceder. Intercessão é uma questão de iniciativa, motivada por necessidade e claro pela ação do Espírito Santo quando este encontra espaço para impelir o homem a tal prática.
Não existe nenhuma base bíblica para se afirmar que Deus chamou alguns para serem intercessores e outros não, pelo contrário, Deus não chama intercessores Deus os procura (Ez 22.30). Se Deus tivesse pessoas específicas para chamar a intercessão ele nunca ficaria sem intercessores (1 Sm 2.25; Is 59.16). Intercessão é uma extensão da oração, quem tem costume de orar como prioridade acabará sendo direcionado pelo Espírito Santo a interceder, ou seja, a direcionar suas orações (pedidos e súplicas) ao favor de alguém.
Interceder depende mais de um posicionamento cristão diante dos exemplos bíblicos que temos do que de uma capacitação sobrenatural, claro que quando se começa a interceder é porque o Senhor já dominou a mente do indivíduo para tal ação, porque nenhum ser humano será capaz de gastar tempo suplicando por outra pessoa sem que o Espírito Santo o conduza a tal ato. Mesmo quando se ama ou se tem alguma simpatia pela pessoa em questão a simples lembrança ou a intenção de interceder por ela vem da vontade de Deus. Porque Deus quem opera tanto no querer do homem quanto no efetuar da vontade deste (Fp 2.12,13). 

Exemplos bíblicos de intercessão:
a.    Abraão por Abimeleque - (Gn 20. 7,17,18).
b.    Moisés por Israel e por Miriã - (Êx 32.32; Nm 14.17; Dt 9.26; Nm 12.13).
c.    Samuel por Israel - (1 Sm 7.5).
d.    Homem de Deus por pelo Rei Jeroboão - ( 1Rs 13.6).
e.    Davi por Israel - (1 Crô 21.17).
f.     Ezequias pelo povo - (2 Crô 30.8).
g.    Jó pelos seus amigos - (Jó 42.10).
h.    A igreja intercede por Pedro (At 12.1-5).
i.      Paulo intercede pela igreja - (Ef 1.16; 3.14-19; Col 1. 3,9,10; 4.12).
j.      Cristo Intercede por Pedro e pela igreja - (Lc 22.31,32; Jo 17.20).
k.    O Espírito Santo intercede pela igreja - (Rm 8.26,27).

VI. ALVOS DE INTERCESSÃO DA IGREJA DE CRISTO.
A igreja de Cristo precisa tomar posse das escrituras com base nos exemplos de intercessão que a mesma lhe fornece e entender que essa tarefa não é exclusiva de um indivíduo escolhido por Deus, mas uma tarefa de todos aqueles que foram alcançados pela salvação em Cristo Jesus. Assim a igreja precisará entender que existem alvos básicos de intercessão. Alvos de intercessão para a igreja:
a.    Intercessão pela paz de Jerusalém - (Sl 122.6).
b.    Intercessão pelos perseguidores - (Mt 5.44).
c.    Intercessão pelos caluniadores - (Lc 6.28).
d.    Pelos irmãos na fé - (At 8.24; 1 Tes 5.25; Hb 13.18,19; Cl 4.2-4; Ef 6.19).
e.    Por todos os Homens - (1 Tm 2.1-8).
VII. INTERCEDER É OBEDECER E EXERCER COMPAIXÃO.
Tendo em vista todos os exemplos apresentados até agora e as referências bíblicas dos alvos de intercessão, todos os salvos precisam se colocar em uma postura de pura obediência a apalavra de Deus para conseguir tornar-se um fiel intercessor. Para ser um interceder é preciso se identificar com a causa ou o sofrimento de quem se intercede, ou seja, é preciso ter e sentir compaixão pelo necessitado (Ne 1.4-11;Dn 9. 4-21).
E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus. E disse: Ah! SENHOR Deus dos céus, Deus grande e terrível! Que guarda a aliança e a benignidade para com aqueles que o amam e guardam os seus mandamentos; Estejam, pois, atentos os teus ouvidos e os teus olhos abertos, para ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti, dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, que temos cometido contra ti; também eu e a casa de meu pai temos pecado” (Neemias 1:4-6).
O intercessor deve sentir compaixão e não pena, porque a pena declara que não dá para fazer nada a fim de mudar a situação do necessitado, enquanto a compaixão declara ser possível alterar o curso da situação vivida pelo aflito através da intercessão, sabendo que a oração pode muito em seus efeitos (Tg 5.16,17, 18).
Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tiago 5.16).
Todos que se entregam movidos pela compaixão de Deus a interceder pelos necessitados estão declarando serem representantes de Deus na terra e que acreditam que o reino de Deus está e será nela estabelecido brevemente (Mt 6.9,10).
Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”; (Mateus 6.9,10).
A prática da intercessão é uma obediência às escrituras e uma demonstração de compaixão, mas também quem intercede demonstra está desprovido de todo egoísmo, deixando seus interesses em segundo plano e aplicando-se a suplicar a Deus em favor do próximo e por suas causas ainda que este seja alguém que lhe provoca ou lhe provocou algum mal (Mt 5.44; Lc 6.28).
VIII. INTERCEDER NÃO É SIMPLESMENTE ORAR.
A oração é a fonte, mas a intercessão é o rio. Na oração você fica amarrado, estagnado e estatizado em seu próprio universo de necessidades e objetivos, sejam espirituais, materiais ou familiares, na intercessão você é guiado pelo Espírito Santo a mergulhar no universo de seu próximo para lhe ajudar em suas necessidades, batalhas, conflitos e objetivos diversos.
Toda intercessão é uma oração, mas nem toda oração é uma intercessão, porque é possível orar e não pedir por outra pessoa. Porém, a intercessão não lhe permiti está atitude ela sempre lhe induzirá a desencadear suas suplicas a Deus ao favor de alguém que necessite. Pedir por alguém é a essência da intercessão, ela não existe se este alguém não existir entre o intercessor e Deus. Por isso existe no mundo espiritual uma grande necessidade de intercessores.
IX. DEUS PROCURA INTERCESSORES.
Israel por muitos momentos viveu em grandes dificuldades e em total desvio da sua fé, assim provocavam a ira do Senhor seu Deus e com isso castigos lhe foram enviados como a seca, a praga de insetos e muitas vezes enfermidades entre o povo (2 Crô 7.13-16). Todas estas pragas só seriam removidas se o povo se arrependesse dos seus pecados e se voltassem para os caminhos do Senhor em fidelidade. Em alguns casos em que o povo estivesse em pecado eles poderiam ser representados por um intercessor diante da Majestade nas Alturas. Partindo deste princípio o intercessor se colocaria diante de Deus para suplicar perdão para o povo e pedir que a sua ira se afastasse para que o povo não fosse totalmente destruído. Foi assim quando Israel pecou no deserto adorando o bezerro, Moisés logo intercedeu pelo povo junto a Deus para que ele perdoasse e não destruísse a nação.
Então disse o SENHOR a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem corrompido, e depressa se tem desviado do caminho que eu lhe tinha ordenado; eles fizeram para si um bezerro de fundição, e perante ele se inclinaram, e ofereceram-lhe sacrifícios, e disseram: Este é o teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito. Disse mais o SENHOR a Moisés: Tenho visto a este povo, e eis que é povo de dura cerviz. Agora, pois, deixa-me, para que o meu furor se acenda contra ele, e o consuma; e eu farei de ti uma grande nação. Moisés, porém, suplicou ao SENHOR seu Deus e disse:O SENHOR, por que se acende o teu furor contra o teu povo, que tiraste da terra do Egito com grande força e com forte mão? Por que hão de falar os egípcios, dizendo: Para mal os tirou, para matá-los nos montes, e para destruí-los da face da terra? Torna-te do furor da tua ira, e arrepende-te deste mal contra o teu povo. Lembra-te de Abraão, de Isaque, e de Israel, os teus servos, aos quais por ti mesmo tens jurado, e lhes disseste: Multiplicarei a vossa descendência como as estrelas dos céus, e darei à vossa descendência toda esta terra, de que tenho falado, para que a possuam por herança eternamente.Então o SENHOR arrependeu-se do mal que dissera que havia de fazer ao seu povo” (Êxodo 32.7-14).
Porém houve momentos em que o próprio Deus procurou um intercessor e não encontro, assim precisou salvar seu povo com suas próprias mãos e sem a intervenção ou a participação de um intercessor.
“Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; e o SENHOR viu, e pareceu mal aos seus olhos que não houvesse justiça. E vendo que ninguém havia, maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; por isso o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve” (Isaías 59.15,16).
“E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; porém a ninguém achei” (Ezequiel 22.30).
X. OS DOIS MAIORES INTERCESSORES.
Intercessão é tão importante para o relacionamento de Deus para com o homem e do homem para com Deus que o todo poderoso cobriu a sua igreja com dois tipos de intercessão em dimensões diferentes com finalidades diferentes. A igreja precisa intender que está em todos os momentos sendo alvo de intercessão tanto na terra quanto no céu.
Deus procura intercessores porque sabe que os homens precisam para ter proteção e cobertura espiritual, isso é tão importante que Deus deu a igreja os maiores intercessores.
a.    O Espírito Santo na terra.
“E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos” (Romanos 8.26,27).
b.    Jesus intercede pela igreja no céu.
“Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós (Romanos 8:34).
“Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hebreus 7.25).
Pelas escrituras Deus vem trabalhando com seu povo e usando intercessores para um auxilio espiritual desde o Antigo Testamento, com isso, podemos perceber na história de Israel uma das mais fortes ações da intercessão que é a de “absolver ou livrar do castigo ou do perigo iminente”, não foram poucas as vezes que Israel escapou de castigos por causa de uma intercessão feita pelos seus líderes.
No Novo Testamento a prática da interecessão é adotada por Cristo e logo pela sua igreja, e daí em diante por aqueles que foram alcançados pela salvação no decorrer dos séculos chegando até os nossos comtemporâneos.
Deu sabe da necessidade humana de ter uma cobertura espiritual e da necessidade do plano espiritual de ter alguém entre Deus e os homens, por isso, Ele estabeleceu os maiores intercessores que a igreja poderia ter. Estes, jamais serão encontrados em falta, Deus não precisará procurá-los porque eles nunca sairão de seus postos de intercessores, eles sempre estarão prontos para interceder tanto no céu quanto na terra. Com esses intercessores em ação o mal pode ser vencido, manietado e completamente desarticulado, para isso a igreja precisa crêr no poder da intercessão de Cristo no céu e do Espírito Santo na terra junto com todos os mortais intercessores.
Cristo como intercessor no céu (Rm 8.34; 1 Jo 2.1) protege a igreja justificada pelo seu sangue de toda acusação e a absolve diante do Pai e diante do mundo espiritual de toda culpa pelo pecado. Enquanto na terra a igreja tem a ajuda do Espírito Santo intercedendo para auxiliar-la em suas orações, a fim de alcançarem resposta de Deus para as suas petições.
Todos precisam intender que o céu é um lugar de intercessão, mas a terra também é palco desta mesma intercessão. Só resta aos salvos em Cristo abraçarem esta causa como uma grande ferramentra de Deus para suas vidas e para este tempo, assim obterão resultados fantásticos no meio de suas famílias, colégios, trabalhos e na própria igreja onde servem a Cristo. Deus continua procuarando intercessores, se deixe achar e Ele lhe conduzirá a experiências profundas através da intercessão. Você pode mudar o que precisa ser mudado, basta se entregar de todo no que Deus quer.
XI. A VIDA DE UM INTERCESSOR.
A vida de uma pessoal é o portal pelo qual o mundo espiritual pode se expressar para a existência humana, não há um canal de entrada mais eficaz para a esfera humana do que a própria vida humana. Por isso todo intercessor ou cristão deve entregar a sua vida a Deus para que por meio dela Ele possa fluir alcançando os necessitados e perdidos.
O intercessor não pode ter apenas força de vontade ou carisma para conquistar pessoas, precisa possuir características de um verdadeiro servo de Deus acima de tudo.
a.    Deve ter uma vida santa.
Santidade é qualidade ou estado daquele ou daquilo que é santo. Santificação é o ato de santificar, santificar é tonar santo, sagrado, separado para o uso exclusivo de Deus. Todos os servos de Deus devem ter uma vida santa como padrão, mas como o estudo em questão é sobre a vida do intercessor este precisa em demasia ter uma vida santa, porque precisará estar protegido em muitos momentos e batalhas cruéis motivadas por suas intercessões. Não dá para tomar partido na briga de outrem pela intercessão sem estar santificado e com as brechas fechadas, satanás é sujo e covarde, ele irá usar todas as armas para tentar parar os intercessores, principalmente aqueles que estiverem envolvidos de alguma forma em algum embaraço que comprometa a sua integridade moral ou espiritual.
Deus deseja que sua vida seja santa para que existam possibilidades de relacionamentos entre você e Ele. Não há possibilidades de se obter comunhão com Deus se não deixares os pecados que te separam de dele e que não permitem que o Senhor lhe ouça as petições.
EIS que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça” (Is 59.1,2).
A força de um intercessor está em sua capacidade de interceder, por isso, ele não pode de maneira nenhuma se deixar dominar pela força do pecado, se isso acontecer suas intercessões serão bloqueadas pela barreira que o pecado levanta entre o homem e Deus.
A vida de um intercessor deve ser também uma vida santa para que obtenha bom testemunho e seja exemplo para todos, inclusive para aqueles que são alvos de suas intercessões. Todo intercessor deve conhecer a força de uma vida santa em Deus e fazer uso dela com toda ousadia ao entrar na presença santa de Deus para interceder pelos perdidos ou pelos necessitados.
Todos que desejam alcançar ou ter uma vida santa precisam entender alguns princípios bíblicos acerca deste tema tão importante para a vida cristã. Primeiro que santidade é um assunto puramente bíblico e necessário até para a consumação da salvação de um indivíduo (Ef 4.24; 1 Tes 3.13; Rm 6.22; Hb 12.14).
XII. SANTIDADE BIBLICA.
A bíblia sagrada é o manual pelo qual todo servo de Deus deve seguir para obter esclarecimento acerca de qualquer assunto que lhe reste dúvidas e sobre a santidade não é diferente. A bíblia trás toda informação necessária para firmar na verdade todo aquele que necessitar.
O segredo de uma intercessão poderosa é também reflexo da vida de santidade que um intercessor possui, sem a santidade ele passará a ser uma pessoa comum, o que o torna diferente é a santificação porque por ela ele passa a ser uma peça consagrada para o uso exclusivo de Deus. E somente assim poderá ser um representante do seu Senhor onde estiver pleiteando as causas espirituais que lhe forem entregues por alguém ou reveladas pelo Espirito Santo ao seu coração.
a.    A santidade pertence a Deus – (Is 6.3; Ap 15.4).
b.    Santidade exigida – (Lv 11.44,45; 1Pe 1.15,16).
c.    A santidade também pertence aos salvos – (Rm 6.19; Ef 1.4; Hb 3.1).
d.    A santificação pela palavra – (Jo 17.17; Ef 5.25-27; 1 Pe 1.22).
e.    A santificação por Cristo – (1 Cor 1.2,30; Hb 2.11; 13.12).
f.     A santificação pelo Espírito Santo – ( Rm 15.16; 1Cor 6.11).

XIII. O INTERCESSOR PRECISA TER UMS VIDA DE TOTAL OBEDIÊNCIA.
Obediência é o ato de obedecer, obedecer é submeter-se a vontade de; executar, cumprir as ordens de; estar sujeito; estar sob a autoridade de; ceder; executar as ordens de outrem.
A obediência é uma característica de todo salvo e o intercessor que não se colocaem total submissão a Deus não passa de um mero religioso, e se intercede é por causa de conhecimentos teóricos e não por causa de uma profunda comunhão com Deus que o leve a tal ação.
O intercessor deve entender que a obediência é mais uma de suas armas para se obter êxito em todas as suas intercessões diante da Majestade nas Alturas. Diante de Deus nada tem sentido se não for feito com base em uma vida de plena obediência, as pregações, os louvores, os jejuns e até mesmo as intercessões não serão uma boa obra se a desobediência estive em operação. Para Deus obedecer é sempre melhor que o sacrificar (1Sm 15.22), ou seja, todos os serviços que o homem fizer para Deus deve ser feito com base na obediência.
A intercessão e a obediência são remos que levarão o barco (a vida do intercessor) a águas mais profundas, quanto mais ativo eles estiverem mais longe serão capazes de levar o barco, guiado é claro pela vontade de Deus. Obediência é fundamental na vida de um intercessor, até porque ele precisará seguir as orientações do Espírito Santo ao invés de buscar seus próprios caminhos de intercessão. 
      XIV. A OBEDIÊNCIA BIBLICA.
          
          a.   Obediência a Deus e a Cristo – (At 5.29,32; Hb 5.7-10).
            b.   Obediência aos pais – (Ef 6.1).
            c.   Obediência aos senhores – (Ef 6.5).
            d.   Obediência aos pastores – (Hb 13.17).
A vida de um intercessor deve ser respaldada pela obediência, não importa em que fase da vida esteja o intercessor ele precisa andar em obediência em todos os lugares para com todos os seus superiores para obter seus caminhos espirituais abertos e seu relacionamento com Deus em perfeito estado sem nenhuma ruptura por causa de rebeldia ou desobediência. Desobedecer não é só fazer o que não se deve, mas também não fazer o que se deve fazer. Por isso intercessor esteja atento para a voz de Deus e a ação do Espírito Santo quando lhes falarem aos ouvidos ou ao coração, não tarde em obedecê-los porque a recompensa será certa.
XV. O INTERCESSOR PRECISA TER UMA VIDA DE AMOR A PALAVRA.
A vida cristã precisa ser vivida em total relacionamento com a palavra de Deus, lendo, examinando e aplicando-a a cada dia dentro de cada necessidade. O povo de Deus vem enfrentando inúmeras dificuldades teológicas porque poucas são as pessoas que gastam tempo aprendendo as escrituras para conseguir vencer os dias maus.
“A tua palavra é muito pura; portanto, o teu servo a ama” (Sl 119.40).
Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido” ( Js 1.8).
Moisés acabará de morrer, Deus levanta a Josué e lhe orienta a agarrar-se ao livro sagrado e fazer dele um companheiro inseparável, porque uma boa parte de suas conquistas está dependendo do relacionamento com esse livro.
O intercessor cristão precisa também compreender que esse livro precisa ser amado, respeitado e ser à base de toda ação intercessora. Não se pode interceder de qualquer maneira, a base é e sempre será a palavra de Deus. Saiba como é benéfico estar calcando-se nas escrituras e fazendo dela a fonte de toda boa obra para Deus.
A palavra de Deus deve ser aplicada no momento da intercessão, a fim de se obter êxito e respostas de Deus para as suas súplicas, o intercessor deve amá-la e abraçá-la para apresentá-la a Deus no decorrer de suas orações e intercessões, fazendo suas reivindicações com base nas próprias promessas de feitas por Deus aos homens e explicitadas pela sua palavra.
XV. REIVINDICAÇÕES BIBLICAS DAS PROMESSAS USANDO A PALAVRA.
a.    Moisés sobre a promessa de levar o povo a Canaã – (Dt 9.25)
b.    Salomão sobre a sabedoria – (2 Crô 1.9)
c.    Neemias sobre as promessas feitas a Moisés para Israel – (Ne 1.8-11)
d.    Lembrando a Deus de suas promessas – (Sl 74.2; 119.49; Jr 14.21).

XVI. O INTERCESSOR PRECISA TER UMA VIDA REVESTIDA DE PODER.
O Espírito Santo é o agente de renovação e de avivamento espiritual, porém ele é muito mais do que a teologia possa descrever. O intercessor precisa está em total conexão com a bendita pessoa do Espírito Santo, até por que ele também é um intercessor, aliás, ele é o intercessor dos intercessores humanos. Nutrindo intimidade e alcançando sensibilidade o cristão terá muitas experiências para receber de Deus nesta comunhão com o Espírito Santo.
O revestimento de pode serve como uma roupa protetora e capacitadora, para que o intercessor ou o cristão possa estar apto a entrar no território do valente com poder para amarra-lo e saquear os seus bens (as almas aprisionadas), e entrega-las a Cristo inserindo-as no reino e na família de Deus.
Estar revestido com a força do Espírito de Deus é muito importante especialmente para alguém que sempre se põe na brecha para interceder. Cristo fez esta promessa (Lc 24.49; At 1.8) e ele mesmo se encarregou de pedir ao Pai para fazê-la cumprir (At 2.1-11).
XVII. A IMPORTÂNCIA DO REVESTIMENTO DE PODER.
a.    O Espírito Santo doará fogo ao intercessor – (Mt 3.11).
b.    O Espírito vai abrir os céus para o intercessor – (Mt 3.16; Ef 2.18).
c.    O Espírito Santo lhe ensinará todas as coisas – (Jo 14.26).
d.    O Espírito vai revelar mistérios ao intercessor – (1 Cor 2.10; Ef 3.4,5).
e.    O Espírito levará o intercessor a operar milagres – (1 Cor 12.9-11).
f.     O Espírito estabelecerá comunhão – (1 Cor 13.13).
g.    O Espírito concederá poder para expulsar demônios – (Mt 12.28-31).
h.    O Espírito concede ousadia para anunciar o evangelho – (At 1.8; 4.31).
Os intercessores precisam se conectar com O Espírito Santo para que possam desfrutar da comunhão e das revelações de Deus para obterem um melhor resultado. Devem buscar serem cheios e revestidos do poder do alto para que possam ser capacitados para todas as batalhas que enfrentarão como intercessores.
XVIII. BATALHAS DE UM INTERCESSOR.
Batalhas, guerras, conflitos fazem parte da vida de todo ser humano, porém são diversas as guerras os conflitos e as batalhas, como também são diversos os inimigos a serem enfrentados. Mas as batalhas e os inimigos dos servos de Deus são diferentes de todas as batalhas existenciais que assolam aos homens comuns do planeta.
O cristão em geral, mesmo o mais light e que não tenha noção das batalhas em que está inserido não ficará inseto desta luta, todo território em que seus pés pisarem tornar-se-ão em campos minados e não estou sendo extremista mas realista, onde estiver um cristão ali ele terá batalhas a enfrentar e inimigos maléficos agindo em seu derredor para destruí-los e lhes tirar a paz.
Em um nível mais acentuado destas batalhas estarão os que se levantaram e se puseram diante de Deus como intercessores desta terra. O próprio inimigo fará de tudo para detê-los em suas atividades de intercessão, sabendo que se os intercessores não pararem ele é que terá toda a sua casa (território de domínio) saqueada (Mc 3.27; Lc 11.21,22) pela força do valente dos valentes que age através dos intercessores. Muitos são os inimigos e todo intercessor precisa está apercebido para as maneiras que eles se manifestam para atacá-los.
O apóstolo Paulo informa que muitos são os adversários (1 Cor 16.9), Pedro informa que um dos inimigos é o diabo (1 Pe 5.8), Paulo ainda informa como este inimigo referido por Pedro está organizado para concluir seus planos de ataque (Ef 6.12). Ele possui um grande contingente de guerreiros malignos ao seu dispor, mas também conta com as brechas dadas pelos homens para serem ferramentas em suas mãos em batalhas espirituais.
Batalha espiritual é um tema bíblico e de suma importância para o crescimento espiritual. O mesmo pode ser entendido por duas dimensões, mas com as mesmas finalidades. A primeira dimensão é puramente pessoal, corpo a corpo, cara a cara, onde o mal diretamente tenta o homem com suas paixões para fazê-lo se desviar dos mandamentos bíblicos e, por conseguinte da vontade de Deus se entregando ao pecado e caindo da graça de Cristo (Mt 4.1,15; 16.23; Lc 4.2; 13.16; 22.3; Jo 13.2,27; Tg 4.7; 2Pe 5.8; Jó 1.6 - 2.7; Zc 3.1).
A segunda dimensão deste conflito espiritual ocorre em uma dimensão de escala territorial e geográfica, onde os poderes das trevas foram instalados por satanás respeitando uma espécie de estratificação de poder a fim de neutralizar os planos de Deus em relação ao seu povo (Dn 10.13,20; Mc 5.10). E não só isso, como também dominar e difundir a opressão e os males conferidos por satanás para a destruição do homem.
O intercessor bem como todo cristão precisará conhecer o seu inimigo para obter uma melhor visão dos conflitos em que estão envolvidos, mas também para conseguir neutraliza-lo em suas missões de ataque contra o homem. A intercessão é uma arma ao favor da igreja e do próprio homem, porque quando os homens se curvam Deus se levanta. Somente assim o mal poderá ser banido e completamente restringido ao seu real lugar.
XIX. A ESTRATIFICAÇÃO DO EXERCITO DAS TREVAS - ( Ef 6.12).
Estratificar é dispor em camadas, é formar-se em camadas sobrepostas. O apóstolo Paulo nos trás uma importante informação ao expor para os efésios a realidade da vida cristã representada por um conflito em escala espiritual. Está evidente pela exposição do texto que há uma hierarquia, uma organização administrativa e militar a serviço dos interesses do mal. E é por meio destes agentes de governo que satanás semeia suas obras e instala suas ciladas.
a.    O príncipe das trevas.
O termo aqui é (αρχηγóς) = archegos; primariamente adjetivo que significa “originado, começado”, é usado como substantivo e denota “fundador, autor, príncipe ou líder” (At 3.15; 5.31). Outro termo que se aplica é (αρχων) = archõ; o particípio presente do verbo archõ, “reger”; denota “governante, príncipe”. O termo é usado em diversos textos fazendo referência a diversos personagens, inclusive ao próprio diabo como príncipe deste mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.11; Ef 2.2). Pelas linhas das Sagradas Escrituras podemos entender que satanás está atuando em diversas camadas da sociedade, levando seus planos até aonde a mão de Deus não o detém. Paulo escrevendo aos hebreus no capítulo 12.2 nos adverte a não nos“conformar com este mundo”, mundo aqui tem o sentido de sistemas de coisas existentes que são manipuladas e regidas por forças espirituais das trevas. Por isso o fiel servo de Deus precisa ficar atendo a toda espécie de novidade, verificando e provando-as a luz da palavra de Deus. A expressão “conformar” usada pelo apóstolo Paulo indica conformidade, moldar-se por igual, adquirir a mesma forma, aderir semelhança, de acordo com ou, segundo a convivência de. Esta é uma das maiores estratégias do diabo, colocar você nos moldes do sistema mundano o qual ele é o autor, o regente, o príncipe, a fim de tirar de você qualquer tipo de respeito ou credibilidade.
“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca. Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno (1 Jo 5.18,19).
b.    Os principados.
O termo que se aplica é (αρχη) = arche; “começogoverno, império”, é usado acerca de seres supermundanos que exercem domínio, chamados principados (Rm 8.38; Col 2.15). Um “príncipe” é um governante, um líder. O sufixo “ado” da palavra principado designa conceitos geográficos e demográficos.Em Daniel 10.13, menciona-se o “Príncipe do Reino da Pérsia” – Um Principado que dominava esse país. Daniel também cita o “Príncipe do Reino da Grécia”. Os demônios têm limites territoriais (Mc 5.10).
c.    As potestades do ar.
O termo deste é (κυριóτης) = kuriotes; denota “senhorio” (cognato de Kurios, “senhor), “poder”, “domínio”, quer angelical quer humano (Ef 1.21; Col 1.16). Em efésios e colossenses, kuriotes indica um posto nas ordens angelicais, nas quais está em segundo. Daí, potestade refere-se á posição de autoridade de poderes espirituais que permitem ou impedem poderes executivosAlguns exegetas os entendem como demônios que trabalham com pecados específicos, escravizando o homem em suas praticas pecaminosas muito bem definidas. Como, as potestades da cobiça, da homossexualidade, da feitiçaria, da fofoca para causar divisões e daí por diante. Estas potestades são tão numerosas quanto os pecados humanos (Efésios 2.2).
d.    Dominadores do mundo tenebroso.
O termo é (κóσμοκρατορ) = Kosmokrator; significa literalmente, “governante do mundo” que ao lado de satanás governam sobre a atual ordem mundial organizada em rebelião contra Deus. A bíblia fala de tronos, domínios e dominadores. Esses termos significam cargos, posições de autoridade que estes seres espirituais ocupam. Agora, como esses demônios obtêm acesso a terra para impor suas opiniões? A resposta pode está nas palavras de Cristo em Mateus 16.18, quando declarou a Simão que as “portas do inferno não prevalecerão contra a igreja”.
As portas do inferno que Jesus falou não estão no submundo e sim na terra. O equivalente humano dessa situação hoje seriam as Prefeituras, As Assembleias Legislativas, as Câmaras e os Congressos Nacionais, ou qualquer outro ponto onde se tomam decisões políticas importantes para o povo. São por estas portas que satanás envia seus governantes espirituais, os dominadores para se infiltrarem nessas estruturas governamentais, dominando e influenciando os governos humanos, seus comportamentos e suas decisões para com as sociedades (Rm 13.1-7). Assim quando estes homens que deveriam governar com inteligência são dominados pelas trevas, estas instituições se transformam em “portas do inferno”. Porque se torna mais um centro de decisões de fontes malignas do que humanas. Satanás passou a dominá-los e estes passaram a servi-lo com suas leis desprovidas de respeito e temor a Deus e aos padrões instituídos pela sua palavra.
e.    As hostes da maldade.
O termo para esta classe é (στρατια); stratia, “exército”, é usado acerca de anjos (Lc 2.13); de estrelas (At 7.42). Em 2 Coríntios 10.4 (“milícia”), em alguns manuscritos têm o termo stratia em vez de strateum,“exército”. Segundo alguns exegetas são estes os demônios territoriais, a classe mais inferior na estratificação. São, os que fazem guerra solo, corpo a corpo, e que geralmente se apresentam, se manifestam no corpo das pessoas possuindo-as e as levando a pecar contra Deus.
XX. AS CILADAS DO MALIGNO.
“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas dodiabo” (Ef 6.11). “E para isso vos escrevi também, para por esta prova saber se sois obedientes em tudo. E a quem perdoardes alguma coisa, também eu; porque, o que eu também perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo; para que não sejamos vencidos por Satanás; Porque não ignoramos os seus ardís” (2 Cr 9-11).
A igreja e os intercessores não podem cometer dois erros bem comuns quando falamos do assunto em questão. O primeiro é a supervalorização do poder do diabo como se ele fosse quase invencível. O segundo problema é subestimar o poder deste inimigo, que para Deus está sob seu total domínio, mas que para a força humana ele é esmagador e muito sutil em suas ciladas, a fim de desmoralizar e destruir o homem feito à imagem e a semelhança do Criador. As ciladas deste inimigo seriam totalmente imperceptíveis se não fosse as Escrituras colocá-las em exposição.

    a.   Ofertas ao extinto carente induzindo ao pecado - (Mt 4.3; 1Cr 7.5).
    b.    A semente do orgulho religioso - (Mt 4.6; 1Tm 3.6; 1Crô 21.1).
    c.    A fama e o prestígio pessoal - (Mt 4.8, 9).
    d.    Afrontas pessoais - (1 Tm 3.7; 2Tm 2.23-26).
    e.    Tentações severas - (Ap 2.10).
    f.     O engano - (At 5.3; 13.10; Ap 20.10).
    g.    A magoa e o perdão não liberado (  Ef 4.26, 27; 2Co 2.10).
    h.    Fofocas e tempo desocupado - (1 Tm 5.1-15).
    i.     Doutrinas de demônios - (1 Tm 4.1).
    j.     O dinheiro (1Tm 6.9-11; Jo 13.2).
Tendo em vista todas as armadilhas e ciladas que inimigo possa armar, os intercessores não podem deixar de crer no livramento de Deus para as suas vidas. Cada intercessor precisa entender que enquanto estiverem andando na presença santa de Deus em obediência e na autoridade do Senhor de toda a terra suas vidas estarão blindadas, completamente imunizadas pela proteção divina tome posse da desta promessa de Jesus.
“Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum” (Lc 10.19).
Esta proteção é uma garantia de Cristo para a sua igreja, todos os intercessores devem confiar nesta promessa e avançar em suas atividades intercessoras. Nas lutas contras forças das trevas Cristo sempre estará presente auxiliando aos seus para lhes conferir vitórias.
O intercessor tem batalhas espirituais todos os dias em todos os momentos de sua vida, não há tréguas, não há intervalo o mal não descansará até colocar os intercessores em um profundo desanimo para bloquear suas atividades de combate as obras das trevas através de suas suplicas e intercessões. Conhecer de fato o inimigo e as suas ciladas trás uma visão mais ampla acerca de como guerrear pelo Reino de Deus nesta terra.
XXI. INTERCESSÃO NA IGREJA PRIMITIVA.
A igreja primitiva foi fundada com uma forte evidência de oração, orar para os cristãos primitivos era comum e essencial para alcançar experiências com Deus e salvação para os perdidos. Até porque, os apóstolos que foram à base da igreja foram ensinados por Cristo a orar e, por conseguinte a interceder.
“E aconteceu que, estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos:Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos (Lc 11.1).
“E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer”, (Lc 18.1).
Uma das maiores forças da igreja primitiva era a oração e por meio desta prática muitos milagres e prodígios foram realizados confirmando a palavra de Deus aos perdidos.
Como orar era comum para a igreja acabaram por desempenhar e sentir a necessidade de interceder uns pelos outros, pelos apóstolos e pelo avanço do evangelho entre os gentios. Com isso muitos milagres foram realizados, muitas vidas libertas e restauradas através da intercessão da igreja.
XXII. A IGREJA INTERCEDENDO.
A igreja entendia a intercessão como uma arma ao seu dispor e sabia que poderia mover a mão de Deus ao favor do seu próximo quando eles se dobravam para interceder.
a.    A igreja intercede e Pedro é livre da prisão e da morte - (At 12.5-18).
b.    Pedro intercede Tabita ressuscita - (At 9.40-42).
c.    Os apóstolos intercedem e o Espírito Santo desce - (At 8. 14-17).
d.    Paulo pede intercessão para expansão do evangelho - (2 Tes 3.1).
Aconteceram muitos milagres através da intercessão da igreja primitiva, não daria para relatar em folhas ou em tempo de relógio tudo que a igreja recebeu a partir de terem uma vida de intercessão. A intercessão é uma ótima oportunidade para os obreiros conhecerem os as profundas ações de Deus para a igreja onde congregam e também para o seu próprio ministério.
Conclusão:
O guia básico de intercessão é mais uma ferramenta para ajudar a igreja, os obreiros e os salvos em Cristo a obterem esclarecimentos acerca dos ministérios da intercessão. Com uma linguagem simples e objetiva todos o guia básico lhe mostrará como é importante ter uma vida de intercessão e quais são os resultados que esta prática lhe proporcionará.


Bibliografia:
THOMPSON, bíblia estudos. Editora: Vida.
VIRTUAL, apostolo. Criador: Comunidade os do caminho.
BOYER, Orland S. Pequena enciclopédia bíblica. Editora: Cpad.
VINE, dicionário bíblico exegético. Editora: Cpad.
Autor: Pr. Davi Vianna

========================
========================
========================
========================